Narcoticos
Os narcóticos são considerados substâncias e drogas capazes de alterar o estado psíquico e físico de um organismo de várias formas, desde o sono e total imobilização até euforia e excitação. A palavra narcótico está assim mais relacionado com os sintomas observados do que com a ação específica das substâncias narcóticas. Na ciência e na medicina, os efeitos narcóticos de diferentes substâncias são definidos de modo mais exato baseado na sua estrutura química e nos mecanismos biológicos que exercem alterações no organismo humano.
Um narcótico é uma droga que provoca dependência e reduz a dor, induz o sono e pode alterar o humor ou comportamento. Na medicina, um narcótico analgésico significa opiáceos, que se refere a todas as substâncias naturais, semi-sintéticas e sintéticas que atuam a nível farmacológico, como a morfina, o principal constituinte do ópio natural. Em alguns países, o nome narcóticos também se refere a cocaína, que quimicamente não é um narcótico. O outro grupo de substâncias, incorretamente chamadas de narcóticos, é os simpaticomiméticos. Estes são geralmente as drogas que ativam o sistema central nervoso através das ações da catecolamina (adrenalina e noradrenalina) e estão classificados como estimulantes. O terceiro grupo consiste em substâncias capazes de produzir alterações psíquicas como aquelas manifestadas no curso da psicose. Estas substâncias chamam-se psicotomiméticos, ou psicadélicos,alucinogénos.
Os opiáceos atuam pelos receptores de ópio situados no sistema nervoso central e na periferia. Contudo, o efeito predominante dos opiáceos é a modificação da atividade do sistema nervoso central. A ação periférica dos narcóticos analgésicos está em parte relacionada com os efeitos da libertação de histamina, após a aplicação de narcóticos. Todas as drogas tipo opiáceo ou opióide têm basicamente os mesmos efeitos no SNC, diminuem a sua atividade. As diferenças ocorrem mais num sentido quantitativo, isto é, são mais ou menos