Napoleon Crossing the Alps, Jacques-Louis David
O pedido do líder político e militar foi que David o representasse calmo enquanto montava um cavalo impetuoso. O artista juntou a este requisito de Napoleão a imagem do seu exército, que o seguia na travessia dos Alpes, em Maio de 1800. Este retrato é bastante idealizado, característica das obras neoclassicistas. A representação de Bonaparte jovem pode ter a ver com o facto de este se ter recusado a posar para o artista e de ter sido um filho de David a posar para si; na realidade, a única peça de Napoleão existente durante o retrato foi o uniforme. Na obra tudo parece estar a favor do personagem: o vento, o cavalo, verticalidade, o braço do personagem, a inclinação paisagística, a inscrição do seu nome na pedra e o tempo atmosférico indicam ascensão e bonança.
A peça está repleta de simbolismos: o facto de uma das mãos estar enluvada e a outra não e o facto de estar a montar um cavalo branco pode significar que o objectivo de Bonaparte é trazer paz e não o de conquistar; o gesto que faz com o braço indica o caminho, ascensão, determinação e força; algumas das cores que traz vestidas rementem para a bandeira francesa (azul, branco e encarnado); entre outros simbolismos.
A análise feita em aula esteve maioritariamente de acordo com as informações reais da obra. De facto, está representado um Napoleão vitorioso e quase que “agigantado” para a transmissão de uma sensação de liderança, autoridade e importância (hoje sabe-se que Bonaparte era um homem