Nanopartículas de ouro e prata
Nanociência e Nanotecnologia
Antes de estudarmos nanopartículas temos de entender o que são a Nanociência e a nanotecnologia, como é que estas surgiram e o que é que nos trazem de novo, uma vez que as nanopartículas são parte integrante desta nova ciência.
A ideia de trabalhar numa escala nano foi introduzida por Richard Feynman numa das suas palestras “There’s plenty of room at the bottom”. Ele sugeriu que a próxima direcção em que a ciência deveria seguir seria “para baixo” e que acreditava que, dentro de uns anos, toda a Encyclopedia Britannica iria caber na cabeça de uma caneta numa época em que seria necessária uma sala inteira para comportar um computador.
As primeiras aplicações deste conceito foram precisamente os circuitos integrados ou microchips que foram desenvolvidos para que se pudessem miniaturizar os computadores.
Este evidente processo de miniaturização dos dispositivos electrónicos não corresponde inteiramente ao conceito proposto por Feynman, uma vez que, mesmo nos microchips, existe um número muito elevado de átomos.
Numa macro escala os materiais são essencialmente influenciados pela força gravítica e muitas das suas propriedades ópticas e electrónicas deixam de se manifestar. Assim, a Nanociência e a Nanotecnologia surgem com a percepção de que os materiais, e estruturas construídas a partir destes, têm diferentes propriedades a uma escala nano. Estas áreas pretendem estudar e reproduzir os fenómenos característicos da escala nanométrica para novas aplicações na ciência e tecnologia.
As nanopartículas são corpos de dimensões entre 1 e 100nm e, apesar de estarem a ser estudadas a fundo mais recentemente, elas existem na natureza e podemos observar alguns exemplos ao longo da história. Possivelmente o exemplo mais antigo será o cálice de Licurgo.