Nana
A afirmação contraria o que diz a página 58 do programa de governo (link is external) da coligação, que se propõe a "atualizar os indicadores de produtividade agrícola e acelerar o diagnóstico da função social da propriedade rural nos aspectos produtivo, ambiental e trabalhista, permitindo a rápida desapropriação nos casos previstos em lei". Isso significa que terras pouco produtivas seriam desapropriadas para a reforma agrária. Mas, pela declaração do candidato à vice de Marina, não é mais como está no programa. Marina tentou minimizar a questão, dizendo que casos de baixa produtividade "são raríssimos" (link is external).
O recuo, por óbvio, não é casual: ele acontece depois de Beto Albuquerque ter se reunido com o coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que defendeu que Marina Silva deveria reescrever (link is external) seu programa de governo se quisesse receber apoio do setor. "Tem que reescrever o programa", sentenciou. No encontro, Albuquerque justificou que houve uma "má interpretação do tema" e que não haverá castigo para terras improdutivas, e sim prêmios para os mais produtivos.
Não é a primeira vez que Marina muda de opinião para agradar o agronegócio: em entrevista ao Jornal Nacional, afirmou que sua posição contrária aos transgênicos era "lenda"; no entanto, não é exatamente o que o seu histórico como senadora diz: em duas ocasiões