Nada

820 palavras 4 páginas
Rousseau escreve a Segunda Parte do livro “Discurso Sobre Desigualdade” com o propósito de descrever como se originou a passagem do homem natural para o homem social, demonstrando o surgimento da desigualdade e a transformação destes. Rousseau afirma que o primeiro sentimento do homem foi o de sua existência, sua primeira preocupação, o de sua conservação, que com tempo foi adquirindo conhecimentos que proporcionaram novos hábitos.
Ainda segundo o pensamento de Rousseau, pode-se dizer que o homem utilizava a terra para saciar as suas necessidades, pois seu instinto levou-o a apropriar-se desta.
Até então o homem era limitado às sensações puras, mas logo surgiram às dificuldades, e o homem impôs-se a aprender a vencê-las, e começando a consumir os frutos das árvores e utilizar galhos, e pedras para se proteger dos ataques de animais. Devido a tal ato, homem torna-se ágil, rápido e habilidoso no combate, aprendendo a dominar e encarar os obstáculos da natureza.
Por estes fatos, homem natural passa a desenvolver a pesca, caça e por vezes a associar-se a outros homens, tanto para defender-se ou para obter maior sucesso nas caças, porém estas associações não eram duradouras, e sim aleatórias, pois só se preocupavam com o momento de necessidade, não pensando no amanhã.
Rousseau também afirma que, após alguns séculos surgem as primeiras revoluções, que foram os surgimentos de casas, sendo estas, inicialmente choupanas de ramos e posteriormente cobertas de lama e argila. O surgimento de casas faz com que o homem natural permaneça mais tempo em um mesmo lugar e acompanhado de outros homens, dando origem às famílias e com elas aflora um novo sentimento humano: o amor conjugal e paterno. Outro aspecto relevante entre estes homens era a comunicação; restrita a gestos e alguns ruídos imitativos, que durante muito tempo compuseram a linguagem universal; alguns sons comuns, línguas particulares, porém grosseiras e imperfeitas.
Nesse momento, forma-se em cada região uma

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