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Autor: Geni Satiko Sato
Resumo:
O trabalho busca contribuir teoricamente pela natureza das relações entre estratégia e estruturas organizacionais através do estudo de uma grande empresa nacional da indústria de alimentos no Brasil, o grupo Sadia. No período de 1944 a 1994 o grupo passou por duas grandes mudanças na estrutura organizacional em função das estratégias adotadas. Após a expansão geográfica da produção, no sul do país , e diversificação para aves e bovinos , em 1970, a Sadia adotou a estrutura de holding e abriu o capital da empresa. Em 1992, após o falecimento do fundador da empresa, com a consolidação de suas atividades verticais com soja , considerável diversificação de produtos cárneos e industrializados e expansão das exportações, a empresa mudou sua estrutura para uma multidivisional (carnes, internacional, soja e industrializados) . Paralelamente, foi elaborado um novo acordo entre acionistas com o objetivo de introduzir gradativamente executivos externos à família no gerenciamento do grupo . Além da adequação das estruturas organizacionais às estratégias, no caso da Sadia, uma empresa familiar, a elaboração de um acordo societário foi também fator relevante para um bom desempenho . No entanto, por se tratar de um estudo de caso, os resultados não são generalizáveis.
Introdução
Hoje, no espaço de competição global da indústria de alimentos, tem-se a presença de grandes “players”como a Nestlé, Kellog’s , Bunge & Born, Gessy Lever, Fleishman Royal , Parmalat e outros. A tendência é de formação de oligopólios globais , no qual grandes grupos atuarão não mais em segmentos específicos, mas no setor de alimentos em geral. A recente aquisição do grupo Ceval pela Santista, braço do grupo Bunge que atua no setor de alimentos no Brasil , confirma a acirrada competição no segmento de soja e derivados.
Percebe-se, portanto, a fragilidade das empresas brasileiras frente a esse novo contexto que se