Nada
Com o advento do século XX, várias foram as mudanças ocorridas nos perfis dos indicadores de morbimortalidade que contribuíram amplamente, com transformações às práticas de saúde realizadas no país, principalmente relacionadas às características demográficas, doenças transmissíveis, emergências de doenças crônicas, dentre outras.
Diante de tal necessidade, o Ministério da Saúde brasileiro em 1994, assume a responsabilidade de remodelar a atenção básica em saúde e propõe a criação do Programa Saúde da Família (PSF), pautado nos princípios de universalidade, equidade e integralidade da assistência do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de reestruturar e reorientar o processo assistencial existente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
Assim, o PSF nomeia como diretrizes operacionais os princípios de: substituição das práticas convencionais de assistência, por um modelo centrado na vigilância à saúde; hierarquização e integralidade das ações em saúde; territorialização dos serviços prestados; adscrição da clientela; trabalho em equipe multiprofissional de saúde, sendo esta, composta minimamente por um médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde, que além de atender o ser humano com um olhar holístico, visa a qualidade de vida e a promoção de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997).
Segundo Peduzzi (2000) e Rocha, Nascimento e Lima (2002), no PSF, o papel da enfermeira faz-se amplo e abrangente, constituindo-se de: monitoramento das condições de saúde individuais e da comunidade; detecção e acompanhamento dos problemas de saúde; intervenção nos agravos de saúde de natureza patológica; planejamento e programação das ações; estabelecimento da referência e contra-referência da assistência; desenvolvimento de ações de educação continuada; promoção da enfermagem de forma comunicativa, social e com abordagem multiprofissional.
Dentro dessas ações, uma das especificidades do trabalho da enfermeira em PSF,