NADA
O legado deixado pela Copa do Mundo será quase que desprezível para a grande maioria da população. Uma vez que no país existem enormes problemas de cunho social nos quais requerem a total atenção daqueles que administram o país, torna-se impróprio um evento de tamanha dimensão no qual gerará lucro de fato para pequena parcela de cidadãos mais abastados e maquiará as verdadeiras mazelas brasileiras. A priorização desse torneio evidencia o descaso governamental com os grandes problemas que atormentam maioria dos brasileiros. Assim, em meio a trinta milhões e meio de analfabetos funcionais e a classificação vergonhosa de décimo pior colocado em leitura, é, no mínimo, incoerente o investimento de mais de vinte e cinco bilhões de reais em suporte para o evento. Isso mostra, também, a completa falta de estrutura,como, por exemplo, na mobilidade, na segurança ,no sistema da saúde(principalmente pública), que são evidentemente precários, ineficientes e despreparados para elevada demanda que a Copa exige. Mais: com os custos exorbitantes, é mais susceptível os superfaturamentos e ações corruptas que possam desviar os recursos federais para poucos. Entretanto, essa realidade é mascarada por propagandas alienantes que convencem a grande parte da população de que o Brasil exibirá ao mundo as qualidades da sua nação e que estimulará o crescimento econômico. Dessa forma é efetivada a política do “Pão e Circo”, herdada dos romanos, em que o povo é distraído com a não consciência dos seus reais problemas.Porém, apenas as classes já dominantes obtêm o legado, como hoteleiros, empresários e até mesmo a FIFA que embolsará dez bilhões de reais. Dessa forma, o evento se torna desnecessário, já que não atenderá a gente brasileira, majoritariamente, os mais carentes que ficam a mercê das migalhas do acontecimento. Por mais que a Copa do mundo não beneficie diretamente as massas, é necessário que o povo tire vantagens