Nada
A estimativa divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009 dá conta de que aproximadamente 3 bilhões de pessoas no planeta sofrerão com a escassez de água em 2025. Em outras palavras, repensar o uso e preservar esse precioso líquido é uma questão de sobrevivência. Ou como se diz na abertura do livro: "Pensar sobre a água é refletir sobre poder, política, dinheiro, desperdício. E sobre responsabilidade: dos governos, das empresas e de cada um de nós".
Como cuidar da nossa água, em sua terceira edição, é repleto de informações para o leitor não especializado, seja adulto ou criança. Em dez capítulos - que podem ser lidos em qualquer ordem ou consultados de acordo com os temas expostos - o livro levanta questões e propõe soluções e pontos para reflexão sobre o assunto. A linguagem evita os termos técnicos que, quando aparecem, vêm acompanhados de explicações, facilitando a compreensão.
Berço de todas as civilizações, a água é repleta de simbologia e significados em diversas culturas. Segundo o historiador Mircea Eliade (1907-1986) a idéia das "águas primordiais" já aparecia na cosmogonia de várias populações paleolíticas. Os mitos presentes no imaginário de diferentes povos ¬ - dos sumérios e babilônios aos gregos, africanos e indígenas das Américas - são abordados no capítulo ‘mitos e símbolos’. A história prossegue mostrando o desenvolvimento das ‘civilizações fluviais’¬.
Para entender o comportamento e as múltiplas propriedades da água, as autoras colocam questões curiosas como o funcionamento de uma panela de pressão, a formação da neve, o formato da gota ou a capacidade autolimpante de rios e lagos.
O livro mostra como a água se distribui e se movimenta pela superfície da Terra, como é essencial para bichos,