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Como processo pelo qual o sujeito aprende os elementos socioculturais do seu meio, a socialização torna possível a manutenção da sociedade e a transmissão da sua cultura de geração em geração. A socialização pode ser entendida como a interiorização das normas sociais. Neste sentido, o indivíduo impõe a si mesmo as regras sociais pois elas fazem sentido para si; o indivíduo é o sujeito do seu próprio constrangimento. A socialização pode também ser concebida como um elemento essencial da interação na medida em que as pessoas desejam fazer valer a sua autoimagem através da obtenção do reconhecimento dos outros. Neste sentido, os indivíduos adotam o ambiente social em que vivem sendo voluntariamente objeto do constrangimento exercido pelos outros.
Numa primeira fase da vida de um ser humano, a socialização é levada a cabo pela família. Numa segunda fase, a escola assume papel ativo nessa socialização. Numa terceira fase, como adulto, a socialização ocorre através da assunção dos papéis sociais que o indivíduo desempenha.
Há continuidade e interpenetração entre o individual e o coletivo; entre as pessoas e a sociedade. É o processo de socialização que permite que, numa ótica global, encontremos as mesmas regras de conduta nas consciências individuais e nas instituições.
A cultura e a sociedade encontram-se em cada indivíduo, mesmo quando esse indivíduo explicitamente refuta algumas das suas normas de conduta.
A sociologia de meados do século XX, particularmente com o funcionalismo parsoniano, via a socialização como toda poderosa. Os interaccionistas simbólicos criticaram essa utilização do conceito e viram a socialização como um processo de transição entre o indivíduo e a sociedade no qual ocorrem influências mútuas. Atualmente, admite-se que raramente os indivíduos são totalmente moldados pela cultura da sua sociedade.