Nacionalismo e totalitarismo
ISSN: 1517-4522 revsoc@ufrgs.br Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Brasil
Souza, Ricardo Luiz de
Nacionalismo e autoritarismo em Alberto Torres
Sociologias, vol. 7, núm. 13, enero-junio, 2005, pp. 302-323
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, Brasil
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=86819561012
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SOCIOLOGIAS
Sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 13, jan/jun 2005, p. 302-323
Nacionalismo e autoritarismo em
Alberto Torres
RICARDO LUIZ DE SOUZA *
oucos autores brasileiros encarnam tão bem quanto Alberto
Torres a idéia de transição, de fim de um ciclo e início de outro. Em termos políticos, por exemplo, tomemos como ponto de partida a análise que Saldanha faz do impacto provocado por ele e por seus seguidores: “Com eles se encerrou o ciclo do liberalismo oitocentista brasileiro, que pareceu condenado pelo próprio fato de se haver identificado com as soluções constitucionalistas da Primeira República (Saldanha, 1979, vol. I, p. 186)”. E
Monzani define Torres como representante de “um pensamento ou ideário autoritário-conservador”, e o descreve: “Para esse pensamento não se tratará, é claro, de propugnar a volta pura e simples do regime monárquico, mas sim de pensar a República forte, que escapasse exatamente destas tão flagrantes deficiências da República liberal (Monzani, 1999, p.543)”.
Este é o ponto de partida: a definição de Torres como um autor que assinala a transição do predomínio de idéias liberais para a articulação de um ideário republicano que nascia em contraste com a ideologia liberal ainda vigente durante a República Velha, consolidando-se como pensamento dominante apenas a partir dos anos 30. Parto daí para formular a