Na resenha de Edilson Jos Graciolli sobre o livro
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Na resenha de Edilson José Graciolli sobre o livro “Trabalhadores e Cidadãos” de Paulo Roberto Ribeiro Fontes no qual se conta a história dos operários da Nitro Química, uma empresa construída no subúrbio de São Miguel que foi usada para tentar entender a dinâmica da indústria brasileira, onde ocorreu um luta de classes. De um lado estava a Nitro e do outro os trabalhadores que ou resistiam ou se adequavam aquele sistema. Segundo o autor, para Paulo Fontes se desejava uma compreensão melhor da estrutura da empresa e daquele modelo de dominação e gestão de mão-de-obra exercida sobre seus funcionários que só foi desenvolvido nos anos cinquenta. Diante disso, os anos cinquenta foi o ponto mais alto desse tipo de modelo de dominação empresarial, mas também foi o início de seu fim, pois nesse período se desenvolveu uma identidade sociocultura própria sobre os seus operários, e se deu o início do movimento sindicalista e a política dos anos anteriores a 1964. Graciolli faz uma análise dos capítulos seguintes observando o contexto histórico e cultura que influenciaram o desenvolvimento da Nitro Química e relata que apesar dela ser uma empresa privada mostrava-se a serviço do nacionalismo, todavia não queria nenhuma relação com o falso nacionalismo dos comunistas, dessa forma, se desenvolveu na empresa dois mecanismo de combate ao comunismo: um que procurava o capitalismo sadio, humano e progressista e outra que concedia benefícios como: direito a saúde, a segurança e ao lazer. Porém, esse assistencialismo era olhado com desconfiança pelos operários, pois o sindicado estava ligado à política da empresa. Posteriormente, em 1956 foi instalada uma nova diretoria no Sindicato dos Químicos que ao invés de buscar contratos por empresa procurava contratos patronais, o que em 1957 ocasionou a greve dos trabalhadores e essa paralisação os levou a importantes conquistas. De acordo com Edilson, Fontes aponta a importância de uma ofensiva por parte dos trabalhadores que naquela