CARVALHO 2011 Gest O De Recursos Hidricos No Brasil
1 INTRODUÇÃO
De um modo geral a discussão relevante aos recursos hídricos, inicia-se no fato deste ser ou não considerado o mesmo termo que água. Para alguns especialistas, o termo recursos hídricos deve ser empregado apenas quando das questões relativas ao uso, tratando o termo água, somente quando se tratar de águas em geral, aquelas que não devem ser usadas juridicamente em questões ambientais. Ou seja, sempre que a água for tratada de modo judicial, deve-se denomina-la recursos hídricos.
O Brasil é um dos poucos países que deve-se sentir-se motivado a tratar de uma Politica Nacional de Recursos Hídricos que englobe de maneira mais ampla o reuso e o reaproveitamento desses recursos, pois encontra-se em uma posição relativamente privilegiada, possuindo uma extensa rede hidrográfica com seis grandes bacias, sendo o Amazonas, Tocantins, São Francisco, Paraná, Paraguai e Uruguai, além de que, deve-se considerar as condições climáticas que asseguram chuvas abundantes e regulares em parte do País.
Estudos demonstram que o Brasil dispões de 15% da água doce existente em todo o mundo, ou seja, dos 113 trilhões de metros cúbicos de água disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões estão em território brasileiro.
Esses números demonstram quão importantes são as atitudes e Políticas de Recursos Hídricos no Brasil, não obstante a relativa abundância dos recursos hídricos brasileiros, sua qualidade tem sido comprometida por diversas formas de poluição: lançamento de esgotos domésticos não-tratados e de efluentes industriais, contaminação por agrotóxicos, mercúrio de garimpos, derramamentos de óleo, entre outros.
Além disso, deve-se considerar que a poluição hídrica ocasiona também graves problemas de saúde pública, sendo a água contaminada um dos principais veículos de doenças, como o tifo e a cólera. Devendo-se considerar ainda que os usos inadequados do solo por