Na caverna de platão
Com a industrialização da fotografia, muita gente passou a fotografar, o que se tornou um passatempo, um rito social, segundo Susan Sontag. As comemorações e as viagens são os principais e mais consideráveis exemplos. Hoje em dia é quase impossível irmos a um evento em que ninguém esteja com uma câmera. Mais incomum ainda seria se alguém viajasse e não levasse uma câmera fotográfica. Sem as fotos, seria como se a pessoa não tivesse estado lá, ou seja, o registro fotográfico funciona como uma prova.
De acordo com a autora, a câmera fotográfica é vendida como uma arma, pronta para disparar, e o ato de fotografar seria uma forma de possuir as pessoas, de violá-las. Um exagero, quando pensado dessa forma. A câmera com opções automáticas não deve ser pensada como uma arma, pronta para disparar, mas sim como uma forma de a fotografia ser acessível a todos. Infelizmente não são todas as pessoas que sabem manusear uma câmera fotográfica com opções manuais e as câmeras automáticas, de certa forma, tornaram a fotografia acessível para os amadores também. Claro que, por outro lado, pode-se pensar em uma banalização da fotografia, visto que hoje o uso da câmera fotográfica é viciante, como fala Sontag. Porém, considerá-la uma arma parece um exagero. Da mesma