mídia e ginástica
As mídias (jornais, revistas, televisão, cinema, outdoors, internet, etc.) são as principais responsáveis pela difusão de um modelo de beleza em nossa sociedade. Em jornais, revistas, televisão ou cinema o “ideal” de beleza feminina é associado à juventude, pele e olhos claros, magreza, corpo cheio de “curvas” etc. , assim como em relação à beleza masculina esse conceito é associado a homens jovens, brancos, magros e musculosos.
Algumas teorias da comunicação sugerem que as mídias possuem a capacidade de nos convencer e persuadir, e a propaganda, por exemplo, criaria necessidades de consumo, e por isso compramos coisas que, se pensarmos bem, não precisaríamos. Outras propõem que as mídias não intervêm assim tão diretamente, mas influenciam o modo como construímos a imagem da realidade social e como escolhemos os assuntos que julgamos ser importantes para nossa vida, modelando, portanto, nossos modos de pensar, sentir e agir.
De qualquer modo, há consenso de que as mídias exercem influência decisiva no âmbito da Cultura de Movimento, ao propor entendimentos do que são e para que servem o esporte, a ginástica, a dança etc., e fazem isso não de modo “neutro” ou balizados apenas por critérios técnico-científicos, mas de modo interessado, para vender, além de si mesmas, produtos e serviços. Por isso, as mídias não só divulgam o esporte, a ginástica etc., mas são agentes que participam decisivamente no processo de transformação dessas práticas (mudança de regras nos esportes, por exemplo) e na constituição de novas formas de consumo (vestuário esportivo, equipamentos como esteiras rolantes e aparelhos de eletroestimulação muscular etc.).
Por sua vez, a ginástica, em seus vários tipos e formas, é associada à busca desse ideal. Basta prestar atenção em revistas voltadas ao público adolescente e jovem (em especial às meninas), à venda em qualquer banca de jornais, e constar o que apenas sugerem ou prometem