Métodos Complementares II
1) Discorrer sobre as classificações de Child-Pugh e MELD.
A escala de MELD, que significa “modelo para doença hepática terminal”, é um estadiamento para avaliar a gravidade da doença hepática crônica, utilizando alguns valores laboratoriais: bilirrubina sérica, índice internacional normalizado (INR) e creatinina sérica, a finalidade seria calcular a sobrevida do paciente e priorizar a ordem de espera para transplante hepático.
A equação para calcular o MELD é:
MELD = 3,78[Ln bilirrubina sérica (mg/dL)] + 11,2[Ln INR] + 9,57[Ln creatinina sérica (mg/dL)] + 6,43, onde Ln é o logaritmo natural;
Na interpretação da escala MELD em pacientes hospitalizados, a mortalidade em 3 meses é:
Se MELD = 40 ou mais — significa que há risco de 100% de mortalidade em 3 meses.
Se MELD = 30 a 39 — significa que há risco de 83% de mortalidade em 3 meses.
Se MELD = 20 a 29 — significa que há risco de 76% de mortalidade em 3 meses.
Se MELD = 10 a 19 — significa que há risco de 27% de mortalidade em 3 meses.
Se MELD = 7 (classe B de Child-Pugh) e este nível é um critério aceito para inclusão no cadastro do transplante hepático.
Por fim, a tendência atual é a utilização do MELD e o abando de Child-Pugh, pois MELD tem mais precisão. Em 2006, o Ministério da Saúde brasileiro publicou a Portaria 1.160, modificando o funcionamento da ordem de lista de transplante de fígado de cronológica, que passou a ser por gravidade, baseada no critério de MELD.
2) Discorrer sobre outros marcadores de avaliação laboratorial hepática.
Alfa-fetoproteína (AFP): Pode estar aumentada em 70-90% dos pacientes com carcinoma hepatocelular, que apesar de ter um valor limitado (também está aumentada na hepatite crônica em atividade), a associação da dosagem da AFP e exame de imagem, principalmente ultrassonografia, é recomendada a cada 6 meses, (ou se for indivíduos de alto risco, 3 meses) em pacientes cirróticos para diagnostico