Médium
Por mais de um quarto de século — de 1917 a 1945 — Stálin foi o comandante, o general vitorioso. Dirigindo a insurreição pela conquista do poder pelos Soviets, comandando os destacamentos do jovem Exército Vermelho contra a intervenção estrangeira, generalíssimo em chefe na guerra contra as hordas nazistas, em todas essas fases, Stálin venceu sempre e sempre conservou a tempera de um comandante da época da revolução proletária, de um velho bolchevique, desses sobre os quais Mikoyan diz que "merecem o nosso respeito não porque sejam velhos, mas porque não envelhecem".
A contribuição pessoal de Stálin "cresce de etapa em etapa, guardando uma unidade impressionante"(1), na continuação da obra genial de Marx, Engels e Lênin, contribuindo de maneira decisiva para elevar a arte militar ao nível de verdadeira ciência.
Hoje em dia é de evidência meridiana que é impossível dominar os princípios da guerra moderna sem dominar o marxismo-leninismo, sem o conhecimento profundo do método materialista dialético.
A doutrina marxista da guerra afasta as caducas concepções dos princípios eternos e imutáveis da guerra.
"O que é essencial não é conduzir a guerra com audácia aplicando a surpresa ou o cerco para o aniquilamento do inimigo, não é mais ter a superioridade no setor principal da frente, etc., mas é o modo pelo qual as forças desenvolvem sua ação destrutiva, a maneira pela qual aniquilam ou desgastam o inimigo, pela qual avançam ou recuam, pela qual obtêm a superioridade sobre os pontos importantes da frente"(2).
Onde, porém, a doutrina soviética da guerra se impõe magistralmente é no justo conceito político de forças armadas. É bem verdade que Clausewitz dizia que a guerra é a "continuação da política do tempo de paz por outros meios", mas o que Clausewitz não estabeleceu é que os Estados que possuem