Mycobacteruim leprae

Mycobacterium leprae
Morfologia do microrganismo: Os microrganismos patogênicos, Mycobacterium leprae, causadores da doença hanseníase, são organismos imóveis, destituídos de cílios, que possuem a forma de bacilos, não formam esporos e nem possuem cápsula. Seu tamanho é de 0,2 a 0,6 µm de diâmetro e 1,0 a 10µm de comprimento, e seu aspecto mais frequente no material colhido em lesões ativas é a coloração distribuída uniformemente, sendo ligeiramente encurvados, e podendo apresentar-se mais raramente retos; nem sempre seu diâmetro transverso é regular, pois, às vezes, certas formações globosas, denominadas granulações de LUTZ-UNNA, também fortemente coradas, fazem saliência ao longo do corpo.
As micobactérias são consideradas gram-positivas apesar de não serem bem coradas pelo método de Gram. O método de coloração habitualmente utilizado é a técnica de ZIEHL-NEELSEN, que consiste em cobrir o esfregaço com fucsina, aquecer cinco minutos sem ferver, lavar em água corrente, descorar com ácido-álcool, lavar em água corrente e corar com azul de metileno; e uma vez corada pela fucsina, essas bactérias não são descoradas, pois são álcool-ácidas resistentes. Elas apresentam um envoltório celular extremamente rico em lipídios complexos, não encontrados em outras bactérias. Este envoltório contribui para a integridade estrutural das micobactérias atuando como uma barreira impermeável a moléculas tóxicas e desempenha um papel importante na sua patogenia.
O envelope celular é constituído de dois compartimentos distintos: a membrana plasmática e a parede celular. A membrana plasmática é muito semelhante à membrana das demais bactérias, sendo formada por uma clássica bicamada fosfolipídica com proteínas intercaladas. A parede celular é formada por um complexo de compostos ligados covalentemente que são a peptideoglicana, um polissacarídeo ramificado chamado arabinogalactana, e longas cadeias lipídicas ramificadas que constituem os ácidos micólicos. Além dessas estruturas, tem