mussolini
Batizado em homenagem ao revolucionário mexicano Benito Juarez, pelo pai, um misto de socialista e anarquista, Mussolini filiou-se ao Partido Socialista aos 17 anos, tornando-se um militante muito ativo. Em 1901, refugiou-se na Suíça para escapar ao serviço militar obrigatório e peregrinou pelos cantões do país, sendo com freqüência expulso de onde se exilava devido à militância anticlerical e antimilitarista.
Em 1904, beneficiando-se de uma anistia, regressou à Itália, prestou o serviço militar e logo tornou-se um expoente do Partido Socialista, cujo jornal, "L'Avanti", fundou e dirigiu. Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, defendeu por um tempo a posição contrária à intervenção no conflito, mas acabou mudando de idéia e, por considerar a guerra uma oportunidade para incitar as massas à revolução, acabou expulso do Partido.
Fundou, em 1919, uma nova publicação, "Il popolo d'Italia" e os grupos de combate a que chamou de "Fasci". A palavra significa "feixe" e alude a um feixe de lenha cujos galhos, isolados, podem ser quebrados, mas não quando estão unidos. O feixe de lenha, usado como cabo de um machado, foi um dos símbolos da Roma antiga. Os grupos de Mussolini reuniam elementos heterogêneos cujas posições políticas iam da esquerda radical ao nacionalismo.
O fascismo cresceu à medida que a situação socioeconômica da Itália se deteriorava. Em 1922, os fascistas promoveram uma "marcha sobre Roma", que levou Mussolini ao poder, recebendo do rei, Vitório Emanuel, o encargo de formar um novo governo. Nos dois anos seguintes, a Itália continuou uma monarquia parlamentarista, mas os fascistas já usavam meios violentos para reprimir seus adversários. Em 1925, Mussolini estabeleceu o regime ditatorial, tornando-se o "duce" (condutor) do país.
Inicialmente, Mussolini aparentava ser um líder anticomunista e, nesse sentido, agradava às potências ocidentais, como a França e a Inglaterra.
Em 1936, porém, deu início a uma política expansionista