Musica cubana

VILLAÇA, Mariana Martins. Musica cubana com sotaque brasileiro: entrecruzamentos culturais nos anos sessenta. História Questões e Debates, Curitiba, v. 18, n 35, p. 249-274, 2001.

Estudos comparativos do Brasil com outros paises da América latina vêm aumentando de maneira significativa, dentre os principais motivos é fugir da visão e moldes europeus de escrever nossa história. Com relevância no assunto pode ser destacada a dissertação de mestrado de Mariana Martins Villaça·, deste utilizarei um dos capítulos intitulado Musica cubana com sotaque brasileiro: entrecruzamentos culturais nos anos sessenta,1 já no titulo pode ser visto seu recorte temporal, nele a autora enfoca o movimento musical que promoveu uma revolução na cultura cubana, a Nova Trova. Cuba em 1959 foi palco de um dos maiores golpes de Estado, os militares liderados por Fidel Castro tomaram o governo de Fugêncio Batista, desde então o país passou a manter relações com a União Soviética. No momento era necessário fazer com que a população aceitasse essa nova forma de liderança, o que resultou no incentivo cultural voltado às idéias revolucionárias, modelou-se uma cultura ligada ao realismo social soviético, que apresentava certas normas de como rotular essa cultura. Uma das formas foi a criação de institutos culturais como o Icaic, Instituto cubano de Arte e Industria Cinematográfica, dos movimentos destaca-se a musica cubana, esta além de ter um modelo ao favorecimento revolucionário aos poucos sofreu uma transformação a qual Villaça pode mostrar em seu trabalho. Uma dessas transformações tem fortes ligações com o Brasil, Alfredo Guevara diretor do Icaic e agenciador da cultura cubana, veio ao Brasil em 1968, no momento o pais enfrentava a ditadura militar e a participação do publico com a música havia aumentado, Guevara deparou-se com multidões e sonhou com isso em Cuba, a participação do publico cubano seria fundamental, a admiração foi tamanha que criou-se movimentos que funcionava