Museus E Acessibilidade
UMA TEMÁTICA CONTEMPORÂNEA
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ISABEL SANSON PORTELLA
INTRODUÇÃO
Relações
de memória, “mnemóticas”, são feitas constantemente por todos os seres humanos independente de religião, visão política, idade, sexo ou classe social, sendo, assim, intrínsecas à natureza humana e passíveis de qualquer indivíduo.
Logo, todos têm direto à memória, que nos é intrínseca, e, conseqüentemente, aos museus, lugares onde a memória ou as memórias de diferentes grupos está representada. A definição aprovada pelo ICOM em 2007 diz que os museus “estão a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento” e abertos ao público, ou seja, museus devem ser acessíveis. ACESSO
Mas, o que é acesso? Acesso, é dar “ao visitante a oportunidade de para utilizar instalações e serviços, ver exposições, assistir à conferências, investigar e estudar o acervo e conhecer o pessoal.”. Nessa perspectiva, não é pensado aqui somente a acessibilidade física, mas também a acessibilidade econômica, informacional, cultural, etc.. A questão é fornecer toda uma infra-estrutura para receber todos os tipos de visitantes, de diferentes níveis de interesse e com suas particularidades, um tipo de acessibilidade universal.
Vale lembrar que o artigo 37º da Declaração
Universal dos Direitos Humanos diz que
“Toda a pessoa tem o direito a tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, a gozar das artes e a participar no progresso científico e nos benefícios que dele resultarem”. ACESSIBLILIDADE
BRASILEIROS
FÍSICA
NOS
MUSEUS
A maior parte dos museus brasileiros está em prédios que não foram construídos para serem museus. Geralmente são prédios originários de outras funções como fortes, residências, estações, igrejas e etc., a grande maioria, tombados por órgãos de proteção ao patrimônio. Dessa maneira, a acessibilidade física nesses espaços é, muito restrita, uma vez que além da função original do prédio, o tombamento recebido por esses espaços nem sempre viabiliza as adaptações