Musculo esqueletico

Morfologia do musculo estriado esquelético

O músculo estriado esquelético é um tecido versátil e heterogêneo, constituído por células especializadas, multinucleadas, núcleos localizados na região periférica da fibra, abaixo da membrana plasmática. A disposição dos diferentes tipos de fibras musculares atribui a este tecido extensa diversidade estrutural, metabólica e funcional (PETTE & STARON, 2000).
A contração muscular ocorre a partir da interação dos filamentos de actina com os filamentos de miosina que compões o sarcômero após a hidrólise de ATP (LOWEY et al., 1969). Compondo o mosaico muscular podemos identificar 3 tipos de fibras musculares. As fibras musculares de contração lenta (também chamada de fibras tipo I ou fibras oxidativas) contem muitas enzimas oxidativas, mitocôndria e é bastante vascularizada, com grande quantidade de mioglobinas presente no seu interior, contendo apenas um tipo nos músculos dos seres humanos (POWERS & HOWLEY, 1997). As fibras rápidas estão presentes no músculo humano em dois tipos: tipo IIa e tipo IIb. As fibras do tipo IIb (denominada também de fibras de contração rápida ou glicolíticas) apresenta pouca quantidade de mitocôndrias e de mioglobina no seu interior, e não são tão resistentes á fadiga quanto as fibras do Tipo I. (POWERS & HOWLEY, 1997). As fibras do tipo IIa (conhecida também como fibra intermediária ou fibra glicolítica-oxidativa) possuem características intermediárias entre as fibras do Tipo I e Tipo IIb, sendo muito adaptáveis ao estimulo, ou seja, podendo mudar sua capacidade oxidativa caso o estimulo seja de treinamento aeróbio (POWERS & HOWLEY, 1997).
A diversidade funcional e metabólica dos diferentes tipos de fibras musculares confere ao músculo esquelético alta capacidade funcionais (CAMPOS et al., 2002). As fibras musculares exibem alta plasticidade, o que habilita este tecido a alterar suas características morfológicas, metabólicas e funcionais, como resposta a estímulos