Muros de Contenção
As estruturas de arrimo são utilizadas quando se deseja manter uma diferença de nível na superfície do terreno e o espaço disponível não é suficiente para vencer o desnível através de taludes.
Essas estruturas podem ser executadas em caráter temporário para permitir a construção de uma estrutura enterrada, como é o caso do escoramento de valas, ou em caráter permanente, como os muros de arrimo.
Muros de contenção ou de arrimo são estruturas que suportam empuxos ativos e permitem uma mudança de nível. Por exemplo, uma parede pode ser usada para reforçar um talude ou para suportar um corte.
Esses muros podem ser de gravidade, semigravidade, cantilever e com contrafortes. Eles podem ser construídos com materiais tais como rochas, concreto reforçado, gabiões, solo reforçado, aço e madeira. Cada um destes muros deve ser projetado para resistir as forças externas aplicadas sobre ele, desde o empuxo de terra e de água até sobrecargas eventuais, terremotos, etc.
Geralmente o empuxo ativo da terra atrás dos muros de contenção é o que produz a maior força desestabilizadora. Embora o empuxo passivo possa fornecer resistência ao longo da base do muro, geralmente ele é ignorado. Ao calcular a força lateral da pressão da terra existem dois métodos que são usados extensamente: o método de Rankine e o método de Coulomb.
O método de Rankine supõe que:
- Não há nenhuma adesão ou atrito entre o muro e o solo;
- Empuxos laterais são limitados à paredes verticais;
- O empuxo lateral varia linearmente com profundidade e a pressão resultante é encontrada um terço da altura (h) acima da base da parede;
- A força resultante do empuxo é paralela à superfície do terreno.
O método do Coulomb é similar ao de Rankine exceto que:
- Considera o atrito entre a parede e o solo;
-Empuxos laterais não são limitados a paredes verticais;
- A força resultante do empuxo não é necessariamente paralela à superfície do terreno por causa do ângulo de atrito