Muro De Berlim
Nas primeiras horas do dia 13 de agosto de 1961, um grupo de militares já estava bem adiantado na tarefa de cercar os portões de Brandenburgo com arame farpado. Em tempos de pós-Segunda Guerra, a ação era resultado da disputa entre os soviéticos e capitalistas. Afinal de contas, ao dividirem o mundo em zonas de influência, o controle do território alemão representava uma conquista bastante significativa. Sob tal contexto, os agentes do lado socialista tomaram a divisão física como solução.
Alguns dias depois, os oficiais da República Democrática Alemã, acompanhados por outros militares armados, descarregaram sacos de areia, cimento e tijolos. Assim nascia o Muro de Berlim. Inicialmente, o arame farpado fora substituído por uma mureta que media apenas um metro de altura. Aos poucos, cercas, guaritas, sensores de movimento, minas terrestres e cães de guarda desnudavam o lugar que simbolizaria o epicentro da ordem bipolar.
No meio tempo em que a obra se executava, vários oficias e civis notavam que aquela ação teria implicações restritivas irreversíveis. Dois dias após as primeiras obras, um oficial oriental chamado Conrad Schumann pulou o emaranhado de farpas para ser acolhido por um veículo militar da parte ocidental. Em alguns pontos onde antigos prédios serviam de extensão do muro, os civis atravessavam cômodos e janelas para fugirem para a banda capitalista.
O absurdo segregacionista demonstrava claramente que o socialismo burocrata soviético não seria capaz de impor uma ampla e natural zona de influência política entre os alemães. Além disso, enquanto o “milagre econômico” (mais conhecido como “Wirtschaftwunde”) dos ocidentais se tornava realidade, o lado controlado pelos soviéticos experimentava uma época de retração em que o parque industrial encolhia e as condições de vida se tornavam mais difíceis.
Paulatinamente, o fracasso do socialismo russo foi se somando às possibilidades de desconstrução daquela obra fria e