Muralismo Mexicano
Técnico Integrado em Multimídia
Arte Mexicana
Frida Kahlo e Os Muralistas
Natal/RN
2014
1. Muralismo
O movimento Muralista tem suas origens na Revolução Mexicana de 1910, caracterizada por uma variedade de líderes de cunho socialista, liberal, anarquista, populista, e em prol do movimento agrário, logo, os revolucionários, em sua maioria, incluindo pintores, eram a favor do socialismo, que pôs fim ao regime de Porfirio Díaz. Caracterizada por determinado avanço econômico, a era porfirista durou pouco mais de trinta anos e marcou um período de aguda desigualdade social. Assim, seja no campo ou na cidade, o que se via era um cenário de exploração, apesar da chegada do progresso. Dessa forma, com o passar dos anos, o regime foi se desgastando até que rivalidades internas, fraudes eleitorais e o descontentamento da população levaram o país a uma transformação política que se fortificou durante todo o século XX. Assim, durante as décadas de 1920 e 1930, o México passou a ser o centro da arte no continente americano.
O movimento da pintura mural no México se apoia em alguns pontos centrais. Antes de tudo, a arte deve ter alcance social, isto é, deve ser acessível ao povo. Daí o descarte da pintura de cavalete e a opção pelos murais, de caráter decorativo e/ou comemorativo, que ocupam os lugares públicos, rompendo os círculos restritos de galerias, museus e coleções particulares. Do ponto de vista da elaboração de um repertório original, os artistas mobilizam fontes díspares: as antigas culturas maia, asteca e inca, a arte popular e o folclore mexicano do período colonial, aliados às contribuições das modernas correntes artísticas europeias, sobretudo o expressionismo alemão e as vanguardas russas. Os artistas visam romper com a arte acadêmica, tal como é praticada no século XIX, e criar uma arte original, ao mesmo tempo moderna e autenticamente