MUNDO DEPOIS DA CRISE DE 2008 Epoca Negocios 25 09 13
HÁ CINCO ANOS, AS PRINCIPAIS ECONOMIAS MUNDIAIS TREMIAM DIANTE DA PIOR ADVERSIDADE DESDE A GRANDE DEPRESSÃO DE 1929 inShare7 CORRETORES NA BOLSA DE VALORES: O MERCADO PERDEU US$ 4 TRILHÕES EM QUATRO DIAS (FOTO: GETTY IMAGES)
GEORGE W. BUSH DURANTE PRONUNCIAMENTO À NAÇÃO PARA EXPLICAÇÃO A AJUDA BILIONÁRIA DO GOVERNO AMERICANO AO BANCOS (FOTO: GETTY IMAGES)
"Eu acredito muito na livre iniciativa, por isso o meu instinto natural é se opor a intervenção do governo. Eu acredito que as empresas que tomam más decisões devem sair do mercado. Em circunstâncias normais, eu teria seguido esse curso. Mas estas não são circunstâncias normais. O mercado não está funcionando corretamente. Houve uma perda generalizada de confiança, e grandes setores do sistema financeiro da América estão em risco".
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O texto acima é um trecho do pronunciamento à nação feito por George W. Bush, então presidente dos Estados Unidos, no dia 24 de setembro de 2008. O discurso tinha o objetivo de explicar aos americanos o porquê de o governo torrar US$ 700 bilhões em uma semana para socorrer bancos à beira da falência por conta de investimentos em títulos imobiliários podres.
O CARA DA CRISE: A PINTURA DE DICK FULD, CEO DO FALIDO LEHMAN BROTHERS, FOI ASSINADA POR EX-FUNCIONÁRIOS NO FATÍDICO DIA 15 DE SETEMBRO (FOTO: GETTY IMAGES)
A crise de 2008, considerada a pior desde a Grande Depressão de 1929, começou bem antes de Bush fazer seu pronunciamento, mas teve seu ápice no dia 15 de setembro, uma segunda-feira, quando o banco Lehman Brothers, o quarto maior dos Estados Unidos, declarou à falência. Naquele dia, ex-funcionários, recém-desempregados, deixavam o prédio do banco incrédulos com o que estava acontecendo. Alguns mais irados, faziam questão de expressar o descontentamento em um quadro com a pintura do CEO, Dick Fuld.Segundo Solvène Renoult, uma ex-funcionária ouvida por NEGÓCIOS, ninguém no banco poderia