Multiculturalismo e Sincretismo

Multiculturalismo e Sincretismo

Multiculturalismo segundo o escritor Stuar Hall, que mais disserta sobre o assunto, é uma gama de estratégias políticas e administrativas baseadas em doutrinas ou filosofias próprias e específicas para organizar a quantidade exorbitante de diversidades encontradas nas sociedades que agregam em si variadas culturas, ou seja, sociedades multiculturais, e ainda considera que existam outras sociedades multiculturais e outros multiculturalismos. Afirma de que essa ideia de multiculturalismo não é inédita no fluxo entre o centro e a periferia, sendo que essa interação vem aumentando gradativamente desde a Segunda Guerra Mundial. Hall também afirma que há diferença nos termos "multicultural" e "multiculturalismo", enquanto um é qualificativo, que aborda sociedade e seus problemas de gerenciamento como em qualquer outra sociedade, o outro é substantivo, levando o lado mais político e racional/estratégico específico, respectivamente. A ideia de multiculturalismo parece ser rejeitada, em grossas palavras, pois independentemente da visão política de seus indivíduos, sua essência ainda é contrariada.
Hall (2003) procurou na história da Grã-Bretanha embasamento para seus estudos, onde constatou que ela foi centro de um grande império e que isso a possibilitou gerenciar uma série de culturas diferentes. Partes da população londrina e de outras cidades se agruparam em comunidades, dispersando ainda mais suas culturas entre outros indivíduos e gerando diferenciações de acordo com as mesmas. Em seus estudos também constatou que o termo "raça", voltado à política e sociedade, havia sido designado a afro-caribenhos e asiáticos. Observou uma etnicidade em asiáticos, diferenças de pensamentos culturais e religiosos que é sempre debatida, o que o leva a concluir que em muitos locais o indivíduo não é excluído por ser taxado com alguma “raça”, mas sim por sua etnicidade e pela religião que segue/acredita.
Hall propõe a utilização do termo hibridismo