mulheres na revolução francesa
Resenha Crítica sobre “As Mulheres na Revolução Francesa” de Joessane de Freitas Schmidt.
O objetivo principal dos burgueses que lutaram pela Revolução Francesa era acabar com os direitos excessivos do clero (primeiro estado) e da nobreza (segundo estado) que representavam a camada privilegiada por nascimento. A maioria da população se encontrava no terceiro estado, o qual representava os burgueses, os camponeses e a camada urbana que, além de ser a força de trabalho, tinham que pagar altos impostos para a nobreza em forma de tributos feudais e para o clero pelo dízimo. Para começar com a revolução, o terceiro estado utilizava os ideais iluministas que expressavam a igualdade perante a sociedade, porém estes burgueses visavam à igualdade entre, somente, os homens, desprezando as mulheres de uma vida política, já que a maioria afirmava que elas tinham que “permanecer no recinto da família”.
Por um lado alguns dos maiores pensadores iluministas, como Jean-Jacques Rousseau, François Marie Arouet (Voltaire), Pierre-Jean-Georges Cabanis e Pierre Roussel partilhavam da ideia que a vida pública e política pertencia aos homens, enquanto as mulheres deveriam ficar em casa, tendo em vista que seu papel era ser uma boa mulher e mãe, já que elas seriam as educadoras de seus filhos, os futuros cidadãos, logo elas deveriam ser instruídas (apenas com o necessário) para que sejam aptas a educar os seus filhos e também para que sejam agradáveis e úteis para seus maridos. As obras de Rousseau, principalmente, eram as mais lidas. Em uma dessas obras expôs a ideia que a mulher é submissa ao homem, logo esta deve visar atender as necessidades do esposo e/ou de sua família. Além de “proibir” a vida política às mulheres, estes pensadores consideravam a mulher intelectual uma vergonha, já que ela não estaria exercendo o seu dever, logo afirmavam preferir uma “moça simples e educada rudemente a uma moça erudita e intelectual”.
Por outro lado