MUDAR A CIDADE. SOUSA 2008
Crítica ao Planejamento e à Gestão urbanos. Marcelo Lopes de Souza
Planejamento e gestão urbanos: nem
“neutros”, nem necessariamente conservadores! “(...) propostas específicas e experiências concretas de planejamento e gestão urbanos jamais são “neutras”. A cidade não é uma massa homogênea e indiferenciada, e sociedades capitalistas (...), se apresentam divididas em classes (...), cujas relações são, em parte, contraditórias e de antagonismos estrutural.”
Pág. 83.
“(...) não há conhecimento elaborado sobre a sociedade, que não seja expressão de práticas sociais”. Pág. 83.
“(...) não há saber sobre o social que não seja sócio-histórico-geograficamente situado. (...)”. Pág. 84
“ A exemplo da ciência em geral, e á semelhança das mais variadas formas de saber humano, planejamento e gestão urbanos são virtualidades, cujo conteúdo pode ser definido de modos distintos e mesmo antagônicos”. Pág. 84.
“(...) Gerir, e mesmo planejar, não significa atentar contra a liberdade e a responsabilidade; (...)”. Pág. 84.
“(...) o planejamento e a gestão urbanos não precisam (nem devem) ser praticados apenas pelo aparelho do Estado. (...)”. Pág. 84
Como praticar?
Elaboração de Planos diretores alternativos;
Experiências de gestão de cooperativas habitacionais. “Os pobres urbanos, particularmente, não esperam que algum teórico o exortasse a produzirem suas organizações mais ou menos autônomas, a resistir e a criar, (...) seus espaços de vida, de maneira comumente mais solidária e
(pasmem!?...) mais organizadas em comparação com as elites e classes médias.”
Pág. 86.
Objetivo do planejamento no marco de uma ética comunicativa crítica:
“(...) promoção de uma maior justiça social (e de melhor qualidade de vida nos marcos da justiça social), sobre a base da explicação dos conflitos latentes e de estímulo ao diálogo racional, buscando evitar, com isso, o recurso á violência.”