Mudanças no mercado de trabalho e serviço social
De que maneira o sistema capitalista têm afetado o nosso cotidiano? E como o Serviço Social se insere nesse contexto?
Em resposta, Costa (2003) e Guerra (2005) afirmam que o negativo efeito econômico e político do capitalismo têm afetado de maneira significativa as ciências humanas, e em especial o Serviço Social. Apesar desta profissão se caracterizar pela incessante crítica ao sistema do capital, a mesma não escapa dos abalos da flexibilização e da precarização nas relações de trabalho, criando assim um novo espaço socioocupacional para os Assistentes Sociais.
Este novo espaço socioocupacional propõe uma reformulação nas formas de atuação ética-política e nas atividades de caráter técnico-operacional desenvolvidas pelo profissional. Dessa forma, o mercado de trabalho do Assistente Social sofre constantes mutações e exige novas competências em diversas áreas da profissão.
Como principal motivador dessas mudanças no mercado de trabalho, pode-se citar a crise do capitalismo, que tentando enxugar os postos de trabalho, exige um perfil de profissional cada vez mais produtivo e polivalente, que desenvolva suas atividades e as de outros, sem perder a eficácia e eficiência na função. Isto somado a outro motivador, a inovação tecnológica, que determina um novo cenário na forma de produção, causando consequentemente o desemprego estrutural.
Com o advento do Neoliberalismo, estas mudanças no mercado de trabalho tornam as relações de trabalho desestruturadas e precarizadas, onde os empregos formais são substituídos pelos informais e os contratos passam a ser em sua maioria temporária, pondo em risco a garantia de direitos estabelecida pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Estas consequências são aplicáveis também para o Serviço Social, nas quais se pode caracterizar pelos contratos temporários de profissionais nas prefeituras para desenvolver projetos sociais e