mudanças climaticas
O metano e o gás carbônico do Ártico são emitidos pelo derretimento do permafrost, solo até então permanentemente congelado na região.
Todo verão, as camadas superficiais do permafrost derretem um pouco. Cerca de 10 centímetros na região da tundra ou alguns metros na área de florestas boreais. Quando as vegetação morre ou perde as folhas, o material orgânico não se decompõe totalmente. Ele fica enterrado no gelo. Ao longo de centenas de milhares de anos, esse material vem sendo acumulado. Estima-se que o Ártico guarde 1,4 a 1,8 trilhões de toneladas de matéria orgânica no permafrost. É cinco ou seis vezes mais do que todo o carbono lançado na atmosfera pelas atividades humanas desde 1850.
Agora, com o derretimento do Ártico, parte desse estoque está indo para a atmosfera.
“Algumas das concentrações que estamos medindo são bem altas”, diz Charles Miller, da Nasa. “Estamos vendo padrões bem diferentes dos modelos. São grandes episódios de emissão de carbono e metano durante o verão. E eles duram até depois da temporada de recongelamento do inverno.”
O mapa acima mostra a extensão de permafrost no Ártico. Os trechos em azul escuro são compostos por 90% de solo congelado. No azul intermediário, o permafrost ocupa de 10% a 90% da área. No azul mais claro, há apenas manchas isoladas de