Mst e a mídia
Primeiro qual era o cenário político e social do Brasil na década de 90? A globalização da economia sofre um grande avanço das políticas neoliberais, aumento do desemprego, aumento da informatização tecnológica o que fez aumentar a precarização das relações de trabalho. Cada vez mais a exclusão social aumenta assim como a luta no campo, que surge nas décadas de 50/60, com as Ligas Camponesas. O MST aparece como uma nova roupagem dessas ligas.
A partir do momento em que o MST definiu suas formas de luta (por meio das ocupações de terras e acampamentos), a base ruralista definiu a forma de enfrentamento. Somente capatazes deixou de ser eficiente, eles passaram a contar com a ajuda da polícia militar (repressora) e com a ajuda da mídia. A ação da mídia é covarde. À medida em que o Movimento Sem-Terra ganha força no cenário nacional reivindicando direitos, a grande imprensa atua de forma ambígua, pois ao mesmo tempo em que dá visibilidade ao Movimento, por outro lado irá deformar e obscurecer as suas reais intenções. O papel que a imprensa desempenha irá contribuir para reforçar o discurso sobre o radicalismo do Movimento e a impossibilidade de discussão da questão da luta pela reforma agrária. Assim o MST é visto na imprensa nacional, uma hora como movimento de reivindicação e outra como marginal, um bando de vagabundo e desordeiro juntos.
Todos partem do princípio que a imprensa tem o compromisso com a verdade, mas os julgamentos são feitos com a visão de quem tem o poder político e econômico. O que vai ser noticiado é que invasão é crime, eles vivem como miseráveis, são baderneiros, invasores. Tentam de um todo esvaziar o movimento fazendo com que seja criado na população um preconceito em relação a ele. A verdade é um só, para ser bem informado o cidadão não deve procurar somente um meio, tem que procurar as mídias independentes, pois o olhar vai ser mais neutro. Isso foi mostrado nos dois artigos lidos que o professor