MST TRABALHO
Desde 1984, além das ocupações de terra e marcha para pressionar pela reforma agrária no país, o MST luta pelo acesso à educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis para a população do campo. Em toda a sua história, foram conquistadas aproximadamente duas mil escolas públicas nos acampamentos e assentamentos em todo país, abrindo as portas do conhecimento para 160 mil crianças e adolescentes Sem Terra.
Também foram formados mais de quatro mil professores. Nos últimos anos, foi desencadeado um trabalho de alfabetização de jovens e adultos, que envolve a cada ano dois mil educadores e mais de 28 mil educados. Mais de 50 mil pessoas já aprenderam a ler e escrever no MST, que defende que a escola esteja onde o povo está e, consequentemente, os camponeses têm o direito e o dever de participar da construção do seu projeto de escola.
"O movimento chegou a conclusão que para implementar um processo de reforma agrária com mais qualidade, onde as famílias possam melhorar a qualidade de vida é preciso elevar a escolarização dos trabalhadores". O MST promove também projetos de alfabetização de jovens e adultos nas áreas de acampamentos e assentamentos em parceria com entidades da reforma agrária, organizações não governamentais e órgãos estaduais e federais para combater o analfabetismo e garantir que o domínio da leitura e da escrita seja possível para toda a população do campo.
Os principais objetivos dos projetos de alfabetização é transformar os acampamentos e assentamentos em territórios livres do analfabetismo e, para isso, a EJA (Educação de Jovens e Adultos) trabalha com os Sem Terra conteúdos relacionados à realidade rural.
Maria Cristina Vargas, integrante do setor de educação do MST, analisa que a EJA desempenha um papel fundamental porque, além de possibilitar a alfabetização dos lavradores, criou a cultura do estudo no campo. “A EJA começou com o lema ‘sempre é tempo de aprender’, mas o projeto desempenhou um