movimentos sociais
Autor: Jose Geraldo de Souza Junior
No presente texto, o autor relata acerca da origem dos movimentos sociais que remonta a década 70, em razão da despolitização repressiva da sociedade civil brasileira.
Nesse período, houve a instauração de praticas politicas novas, as quais culminaram com o aparecimento de novos atores com capacidade de se organizar e de autodeterminação. A partir da década de 80, segundo o autor, as organizações populares de base surgiram, primeiro, como veiculo de reivindicações sociais e econômicas imediatas e, posteriormente, como orientação politica, na busca de mudanças estruturais da sociedade.
Esses movimentos populares compreendem o conjunto de formas de mobilização e organização das classes populares, ligadas direta e indiretamente ao processo produtivo.
O objetivo do autor, nessa analise, é averiguar a dimensão instituinte dos espaços sociais instaurados pelos movimentos sociais e aquilatar a capacidade constitutiva de direitos decorrentes dos processos sociais novos que eles desenvolvem.
Dessa forma, a emergência de novos sujeitos, especificamente os coletivos, se mostra importante para o significado autônomo da ação coletiva.
Tais sujeitos designam configurações sociais intra e interclassistas e, a partir da elaboração de um quadro de significações culturais de suas próprias experiências, isto é, do modo como vivem suas relações, identificam interesses e constituem coletividades politicas, sujeitos coletivos.
O autor assevera, ainda, que, para Eder Sader, a caracterização das ações sociais depende do modo como se articulam os objetivos práticos a valores que dão sentido a existência de determinado grupo.
A noção de sujeito, nesse âmbito, significa, para tanto, a junção entre as identidades coletivas, acrescentando que, para Eder Sader, “a noção de sujeito coletivo é no sentido de uma coletividade onde se elabora uma identidade e se