movimentos sociais
Os movimentos sociais urbanos aborda um tema que só recentemente ganhou destaque, sem que tenha deixado de ser extremamente polêmico. As definições clássicas que utilizaremos são a de Manuel Castells e a de Alain Touraine.
Para Castells, "movimentos sociais urbanos são sistemas de práticas sociais contraditórias, isto é, que controvertem a ordem estabelecida a partir das contradições específicas da problemática urbana.". E que essa problemática urbana abrange as questões de moradia, saúde, cultura, etc. Para Castells, a transformação estrutural do sistema, não é uma condição para que o movimento se caracterize como um movimento social, mas sim um objetivo. "Por Movimento Social Urbano se entende um sistema de práticas que resulta da articulação de uma conjuntura definida, a um tempo pela inserção dos agentes suportes na estrutura urbana e na estrutura social, e de natureza tal, que seu desenvolvimento tende objetivamente para a transformação estrutural do sistema urbano ou para uma modificação substancial da correlação de forças na luta de classes, ou seja, em última instância, no poder do Estado."
Já para Alain Touraine os "movimentos sociais são a ação conflitante de agentes das classes sociais, lutando pelo controle do sistema de ação histórica". Fazendo dessa ação histórica um conceito que representa o conjunto de influências da história sobre a prática social, sobre a produção da sociedade por si mesma. E a sociedade com que Touraine trabalha é caracterizada pela luta entre as classes tentando dominar a historicidade, ou seja, o controle da sociedade.
Touraine afirma que os movimentos sociais ocorrem dentro da luta de classes, e que pretendem com isso manter ou tomar o comando da sociedade. "Movimentos Sociais são forças centrais que lutam umas contra as outras para dirigir a produção da sociedade, a ação de classe pela direção da historicidade." E para um movimento se caracterizar