Movimentos de Ginástica Olímpica
Atletas trajando collants coloridos movem fitas, arremessam bolas, arcos e outros elementos e fazem gestos em sincronia com uma música. Cenas como essa são vistas em competições de ginástica rítmica, mas podem fazer parte das aulas de Educação Física. Foi o que aconteceu em Natal, na EM Professora Emília Ramos. Glycia Oliveira se valeu de sua vivência como atleta e proporcionou a experiência aos alunos do 3º ano. Evidentemente, ter praticado a modalidade ajudou, mas não é um pré-requisito para o trabalho. Com pesquisas e um pouco de experimentação, é possível organizar as aulas.
"Queria que as crianças identificassem características da modalidade, conhecessem os aparelhos e experimentassem os movimentos", diz a professora. "Aqui, na escola, alongamentos e movimentos básicos são trabalhados desde o 1º ano e elas têm contato com conhecimentos sistematizados de ginástica no 3º", afirma. Luciana Venâncio, doutoranda em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), defende que o conteúdo seja ministrado para que os alunos aprendam a técnica, recriem gestos a seu modo e explorem força, flexibilidade, agilidade e equilíbrio.
Para iniciar as atividades, Glycia apresentou vídeos de modalidades reconhecidas pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG): artística, geral, aeróbica e rítmica (além dessas, a CBG também considera a ginástica para todos e a de trampolim). "Com base no que foi visto, perguntei: ‘Quais características comuns entre as modalidades vocês identificam?’ e ‘O que mais chama a atenção?’". As crianças surpreenderam e citaram os gestuais acrobáticos, as roupas, as apresentações em grupos e os aparelhos.
Na aula seguinte, Glycia apresentou os movimentos gerais da ginástica rítmica que envolvem posições de equilíbrio, saltos, giros e outras acrobacias, e todos experimentaram a vela, a parada de mão, a estrela, o aviãozinho, a ponte, o rodante e os