Movimento de hoje e seu fututo
Temos observado nos últimos dias muitas mobilizações em todas as regiões do Brasil, com uma pauta de reivindicações bastante variada, enveredando nas esferas política, econômica, cultural, comportamental, ... . Esse movimento de mobilização nacional iniciou-se como um protesto estudantil, contra o aumento da passagem de ônibus, e, logo em seguida, ganhou repercussão nacional, e, porque não dizer, internacional. A mobilização tem acontecido de forma pacífica, em sua maior parte, representando um grande marco para essa geração que não vivenciou momentos de confronto e de participação política como os vividos pelos brasileiros durante a ditadura, e, como os vivenciados pelos caras pintadas, por exemplo.
A sensação era de que nós brasileiros havíamos acordado depois de dezenas, ou melhor, centenas de anos de sono, e estávamos despertando, para um ensaio de lucidez, como bem lembrado em nossa aula.
O aumento do valor das passagens de ônibus fora apenas o estopim para tudo o que vivenciamos. Seja passiva ou ativamente, todos brasileiros participaram desse movimento, as redes sociais contribuíram inegavelmente para que o grito de alguns, ecoasse por todo o país e se transformasse no coro de uma nação.
No meu ponto de vista, éramos uma Nação, pela primeira vez, pois havia um sentimento comum que nos unia, não era apenas porque tínhamos nascido num mesmo território, sob uma mesma bandeira, com um único idioma, não era tão somente porque nossa certidão de nascimento dizia que éramos brasileiros; mas sim, porque sentíamos isso, sentíamos que precisávamos fazer algo, e que só poderíamos mudar nossa realidade, juntos.
O movimento começou nas ruas, mas rapidamente alcançou o congresso, alta cúpula do poder legislativo nacional, e os chefes do poder executivo. Nossos políticos ouviram nossa indignação quanto à corrupção, à má gestão do dinheiro público, o excesso de gastos com a Copa, os escassos investimentos na saúde e na