Mortificação
"Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado"
I Corintios 9,27
Não poderíamos começar melhor o ano senão na busca pela cura, conversão através da mortificação. Na realidade acredito que Deus tenha permitido que não fizéssemos um retiro no ano que passou para que possamos “nos retirar” durante todo esse período ou quem sabe neste ano. Sua proposta não era de apenas um dia ou final de semana que passam e com eles passam as palavras e reflexões, mas sim, de um longo período para que pudéssemos nos unir à Ele de forma mais intensa e na prática do dia a dia. Um ano de mudanças, libertações, intimidade, oração, curas e muito trabalho. Para que isso aconteça, é necessário que vivamos bem, coladinhos com Deus e unidos não dando brechas para que o inimigo entre em nosso meio. E a mortificação é o melhor meio.
Não foi à toa que Deus nos deu essa oportunidade onde através da privação de algumas coisas que temos e vivemos, ofereçamos em sacrifício por amor a Ele em prol de alguém ou algo. Mas só há sacrifícios, quando fazemos de forma livre e intencional, com a verdadeira vontade de oferecer. Logo, só há mortificação quando o sacrifício é oferecido intencionalmente por amor a Deus, não que Deus dele precise, mas nós que oferecemos sim, para o nosso bem e para nossa participação ativa na obra salvífica de Deus. Fazemos parte da obra de salvação de Deus. Então, se fazemos parte desta obra, ao ajudar, salvaremos aos outros e a nós mesmos.
Nossa restauração se dará a medida que lutarmos contra nossas más inclinações para submetê-las à vontade de Deus e nos unirmos à paixão e cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo participando de Sua redenção. É um período de nos purificarmos de nossas faltas passadas, que nos ajudará a nos prevenir contra as faltas do tempo presente e futuro, diminuindo o apego ao prazer, que é uma fonte das