Morte Vida Severina.
Erick Elias de Oliveira Soares
ANÁLISE CRÍTICA DA OBRA MORTE VIDA SEVERINA
RIO DE JANEIRO
2014
Erick Elias de Oliveira Soares
ANÁLISE CRÍTICA DA OBRA MORTE VIDA SEVERINA
Análise crítica da obra literária e cinematográfica de João Cabral de Melo Neto e Walter Avancini sobre a vida e dos pobres assistidos no interior nordestino.
Fábia Marucci
RIO DE JANEIRO
2014
A obra literária de Cabral de Melo Neto e dirigida em filme por Walter Avancini é um texto que retratam com clareza os efeitos físicos e psicológicos causados pelo extremo e brutal ambiente do interior nordestino nas pessoas que ali viviam pela década de 70, início de 80. Encaramos no decorrer da história a clara comoção do personagem Severino que em meio a tantos com o mesmo nome, percebe que suas vidas e mortes também são iguais. Fica perceptível a melancolia que as pessoas que ali residem criam a respeito da caatinga, como se ela fosse uma entidade onipresente que não importa para onde se caminhe, ela estará lá, trazendo morte e desespero. Isso fica bem claro quando Severino decide percorrer até os limites do interior ainda com esperanças em seu coração para ir além daquelas terras, mas ao chegar à cidade de Recife, percebe que aqueles como ele que ali vivem só são mais um catador de caranguejos na lama ou operário coberto de graxa trabalhando em fábricas. Isso o faz entrar num estado de agonia profunda onde percebe que mesmo longe do ambiente de sertão o descaso persegue aquele povo. O fazendo pensar que talvez a única saída para aquelas pessoas que só esperam a morte seja talvez apressar esse processo.