Morfologia Foliar
Segundo Walter S. Judd [et al.] (2009), “Caracteres morfológicos são atributos da forma ou aparência externa. No geral, fornecem a maior parte da informação usada na identificação prática de plantas [...]. Tais caracteres têm sido rotineiramente utilizados há mais tempo do que caracteres anatômicos ou moleculares, e representavam a única fonte de evidência taxonômica nos primórdios da sistemática vegetal.”.
Portanto, dentre alguns outros caracteres, a folha foi e ainda é um excelente mecanismo de diferenciação taxonômica. É um órgão vegetativo, originário dos nós do caule (geralmente abaixo de uma gema) que apresenta grande polimorfismo e adaptações a diferentes ambientes e funções. Em geral são estruturas planas, com uma superfície virada para o eixo caulinar (superfície superior ou adaxial) e outra virada para o lado oposto do eixo caulinar (superfície inferior ou abaxial), de modo que o tecido clorofiliano, também chamado de parênquima clorofilado (responsável pela fotossíntese), fica próximo à superfície. Ainda podem ser unifaciais, não apresentando diferenciação entre superfícies.
E se a forma da folha facilita a captação da luz, as aberturas necessárias para a absorção do gás carbônico levam ao mesmo tempo à perda de água. As folhas são as principais fontes de perda de água das plantas. Tendo-se em conta que a transpiração excessiva pode levar à desidratação e, até mesmo, à morte das folhas ou das plantas. A forma e a anatomia da folha devem possibilitar uma relação que permita a captura de luz e absorção de gás carbônico, evitando a perda excessiva de água. Em alguns casos houve até a adaptação ao habitat por conta das plantas, transformando folhas em espinhos para que seja feita a estocagem de água.
A cor das folhas pode variar, de acordo com os pigmentos existentes nas suas células. Estas diferentes colorações podem ser causadas por vírus, por deficiências nutritivas ou ainda por características da própria espécie. Porém, a