A família Araceae possui atualmente 109 gêneros e cerca de 2.823 espécies concentradas predominantemente nos trópicos americanos, no Sudeste da Ásia e no Arquipélago da Malásia. No Brasil são encontradas aproximadamente 320 espécies distribuídas em 32 gêneros, dentre esses Bognera, Dracontioides, Gearum e Zomicarpa endêmicos, além de outros com distribuição mais ampla como Philodendron e Anthurium O gênero Anthurium é o maior e provavelmente o mais complexo ao nível taxonômico na família Araceae, compreendendo cerca de 1.000 espécies. A maior parte dessas espécies são epífitas sensu-strictu, ocasionalmente hemi-epífitas, terrestres e rupícolas. Ocorrem nos trópicos americanos, distribuídas desde o México até a Argentina. As publicações sobre a família Araceae incluem uma extensa lista sobre a anatomia foliar. Entretanto, são reprincipalmente com enfoque taxonômico. Podem ser citados para Anthurium os estudos de Gentner (1905) sobre o processo de gutação, de Lindorf (1980) sobre a ocorrência de glândulas foliares, de French (1997) sobre a presença de endoderme e de Rada & Jaimez (1992), Mantovani (1999a, b) e Lorenzo et al. (2009) que avaliam a morfo-fisiologia de epífitas do gênero. Na recente revisão sobre a anatomia de Araceae, Keating (2002) mostra a existência de caracteres anatômicos foliares úteis para diagnósticos taxonômicos em diferentes gêneros. No entanto, são poucas as informações apresentadas para a espata. Mayo (1986) identificou caracteres anatômicos na espata de Philodendron. Já Mantovani & Pereira (2005), trabalhando com nove espécies de Anthurium da seção Urospadix subseção Flavescentiviridia, comparam a anatomia de folha e espata revelando maior potencialidade da espata em gerar caracteres diagnósticos para taxonomia de Anthurium. Por fim, Mantovani et al. (2009) avaliaram a variação da morfologia da nervura central ao longo da lâmina foliar como caráter diagnóstico para a taxonomia de Anthurium.lativamente poucas as análises