Moradias romanas
A casa romana possui múltiplas plantas e é influenciada por diversas culturas. Arquitetonicamente, a mesma foi evoluindo ao longo dos séculos, em função do território onde era construída, sendo urbanas ou rurais, e naturalmente as posses do dono determinava, tal como hoje, a sua dimensão e riqueza. Comumente a casa refletia o poder econômico do seu senhorio.
1.1 Insula
A construção das Insula eram feitas em cimento nos três primeiros andares e com materiais mais frágeis nos outros andares, à área construída geralmente totalizava de 300 a 400 metros quadrados. Os andares térreos, geralmente recuados destinavam-se as tabernae ou, comumente chamada de habitação mais nobre, ou domus. Nos andares superiores onde à fachada avançava virando um pórtico, os apartamentos (cenáculo) eram divididos em vários tamanhos para albergar as classes médias e inferiores. Diferentemente da Domus, a Insulae não possuía água canalizada ao domicilio, privilégio de poucos.
Mesmo com uma infraestrutura mal projetada, deficiência no sistema de isolamento térmico e acústico, escadas apertadas, dos apartamentos empilhados em oito pisos, a planta baixa da insulae deixa claro a preocupação funcional em que o acesso ao pátio central era permitido por galerias que davam acesso aos apartamentos. Enquanto que na arquitetura rural, o aquecimento em condições de invernos rigorosos era feito pelas lareiras, nas cidades as casas não dispunham de tal regalia. As janelas que davam para a rua não tinham vidros e eram apenas fechadas por postigos que mal protegiam dos invernos rigorosos. Desse modo, para amenizar o frio dos apartamentos algumas braseiras eram acesas no seu interior.
Essas habitações possuíam um mobiliário escasso, dispunham apenas de alguns armários e assentos enquanto as mesas possuíam duas funções, servia para as refeições e de leito. As latrinas eram coletivas sendo comum os habitantes esvaziarem o dolium no patamar das escadas ou atirar diretamente pela