Monografia
E TEMPESTADE DO DESERTO
Sandro Heleno Morais Zarpelão (Mestre em História, Universidade Estadual de
Maringá).
sandrohmzarpelao@hotmail.com
Resumo
O trabalho visa analisar, em termos gerais, como ocorreu a Operação Escudo do
Deserto, durante a Crise do Golfo, entre julho de 1990 e 17 de janeiro de 1991, provocada pela invasão do Iraque sobre o Kuwait, o que desencadeou uma grande reação internacional, liderada pelos Estados Unidos. Também busca analisar como
Washington empreendeu a Operação Tempestade do Deserto, como aplicação da
Doutrina Powell. Vale lembrar que o presente artigo é resultado da dissertação de mestrado “Tempestade no Iraque: a Guerra do Golfo, a Política Externa dos Estados
Unidos, a Historiografia Militar e a Imprensa Escrita Brasileira (1990-1991)”.
Palavras-chave: Guerra do Golfo, Escudo do Deserto, Tempestade do Deserto.
1. As causas da Guerra e a Operação Escudo do Deserto
Para se compreender como ocorreu as operações Escudo e Tempestade do Deserto, fazse necessário conhecer, em linhas gerais como ocorreu o desenrolar dos fatos e as causas que provocaram a eclosão da Guerra do Golfo, em 1991. Ressalta-se que vários fatos importante ocorreram em julho de 1990, dias e semanas antes da invasão iraquiana sobre o Kuwait, em 2 de agosto de 1990, como verificar-se-á no decorrer do texto.
Em 25 de julho de 1990, portanto, alguns dias antes da invasão do Kuwait, feita pelo
Iraque, o presidente iraquiano Saddam Hussein recebeu, com a presença do seu ministro das relações exteriores, Tarek Aziz, a embaixatriz dos Estados Unidos em Bagdá, a
Senhora April Glaspie e o encarregado de negócios estadunidense John Kelly. A idéia do governo iraquiano era demonstrar para o governo do presidente estadunidense,
George Bush, de que o Iraque não representava nenhuma ameaça aos interesses dos
Texto integrante dos Anais do XX Encontro Regional de História: História e Liberdade.