Técnicas de Microscopia
A microestrutura dos materiais cristalinos é constituída de defeitos, tais como vazios, trincas, contornos de grãos, contornos de macla, falhas de empilhamento, discordâncias, defeitos puntiformes e de constituintes microestruturais, tais como fases e inclusões. O conhecimento da estrutura, composição, quantidade, tamanho, morfologia e distribuição desses constituintes são de grande importância para o entendimento e até para previsão das propriedades dos materiais. Geralmente a maneira mais simples e rápida de analisar esses parâmetros é através do microscópio óptico. Assim, podemos relacionar a estrutura íntima do material com as suas propriedades físicas, processo de fabricação, desempenho de suas funções e entre outros.
O microscópio óptico é considerado o mais simples dentre os microscópios existentes, pois possui uma lente que permite a observação de estruturas com diversas vezes de aumento. Ele é composto por dois sistemas de lentes convergentes; a objetiva e a ocular. A objetiva fica perto da amostra a ser observada e fornece uma imagem real e aumentada dessa amostra. Já a ocular fica próxima ao olho de quem observa ou do dispositivo fotográfico e é formada por lentes que funcionam como uma lupa, fornecendo uma imagem virtual e aumentada da imagem real que se formou pela objetiva.
A imagem microscópica é caracterizada por três parâmetros: aumento, resolução e contraste. Define-se aumento linear para uma lente, ou sistema óptico, como a relação entre o tamanho da imagem e a do objeto. A resolução de um sistema óptico quantifica a sua capacidade de separar individualmente detalhes adjacentes de uma imagem. Já o contraste é a capacidade de distinguir traços característicos da estrutura sobre o plano de fundo.
Uma vez que o microscópio óptico possui baixo campo focal, permitindo assim apenas a observação de superfícies perfeitamente planas e polidas, é essencial que as técnicas de preparação de amostras sejam empregadas. O estudo da