monografia
Ensino instrumental enquanto ensino de música
Keith Swanwick
1994, p.7 -14
Aprendendo a aprender
Muitas vezes somos procurados por alunos que gostariam de aprender algum instrumento. Para Swanwinck isso tem dois significados: ensinar ao aluno as técnicas necessárias para domínio do instrumento, e ensina-lo a tocar de forma musicalmente expressiva.
Aprender a tocar um instrumento deveria fazer parte de um processo de iniciação dentro do discurso musical. Permitir que as pessoas aprendam um instrumento sem compreeção musical- sem realmente “entender música”- é uma negação da cognição e, nessas condições, a música se torna sem sentido.
São comuns professores de música dar aulas individuais de instrumento com práticas pedagógicas inadequadas, onde eles detêm todo o poder. Por exemplo, um aluno esta diante de uma partitura com várias articulações e dinâmica, e tem que tocar com boa afinação e sonoridade ; tudo isto sem o mínimo prazer estético. No entanto as melhores aulas são aquelas que tem sido dadas por instrumentistas que realmente entendem de sua arte.
O ensino do instrumento, não precisa ser algo engessado a um único método ou mesmo livro. A aprendizagem musical acontece através de um engajamento multifacetado: solfejando, praticando, escutando os outros, apresentando-se, integrando ensaios e apresentações em público com um programa que também integre a improvisação. Precisamos também encontrar espaço para o engajamento intuitivo pessoal do aluno.
Falando sobre pensando nas questões motoras envolvidas no aprendizado de um instrumento ainda assim nos confrontamos com habilidades e sensibilidades complexas. Nós não construímos uma técnica a partir da atomização do comportamento muscular. Ao contrário: o desenvolvimento de qualquer habilidade requer um “plano”, um rascunho, um “esquema”, uma padronização geral da ação.
Construir este “plano” – ou representação, ou esquema- parece ser mais fácil com uma prática variada, ao invés de nos limitarmos