Resumo: Atualmente, as organizações estão buscando aumentar o bem-estar dos seus funcionários, tendo em vista que um elevado nível de bem-estar pode contribuir para melhorar os níveis de desempenho. Nessa perspectiva, a variável estilos gerenciais pode ser capaz de influenciar o bem-estar e o estresse no trabalho. A presente pesquisa teve como objetivo investigar as relações dos estilos gerenciais com o bem-estar no trabalho e com o estresse ocupacional. O bem-estar no trabalho foi compreendido como a prevalência de afetos positivos sobre os afetos negativos no trabalho e a percepção de realização pessoal no trabalho. O estresse ocupacional foi entendido como o processo por meio do qual demandas do trabalho excedem a capacidade de enfrentamento do indivíduo, gerando reações negativas. Em relação aos estilos gerenciais, foram considerados os estilos de liderança orientado para relacionamentos, orientado para tarefas e situacional. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário constituído pelas seguintes escalas: Escala de Bem-estar no Trabalho (EBET), Escala de Estresse no Trabalho (EET) e Escala de Avaliação do Estilo Gerencial (EAEG). Uma amostra de 165 funcionários respondeu ao questionário. Os estilos gerenciais voltados para relacionamento e situacional obtiveram altas correlações e formaram um único fator de estilos. As análises, portanto, foram conduzidas com dois fatores de estilos gerenciais: relacionamentos/situação e tarefa. Os dados foram analisados por meio de correlações bivariadas de Pearson e regressão linear múltipla padrão. Todos os estilos gerenciais apresentaram correlações significativas com o bem-estar e com o estresse no trabalho. A associação mais forte foi do estilo de liderança orientado para relacionamentos e situação com o estresse ocupacional. Quanto mais presente esse estilo, menor o nível de estresse ocupacional. Os resultados sugerem que as ações dos líderes são importantes para a percepção dos indivíduos em relação ao