Monografia
1.1 UMA BREVE CONCEITUAÇÃO HISTÓRICA
Em nosso País, o termo fracasso escolar sempre esteve presente no decorrer da história, em todas as estatísticas, com índices alarmantes tornando impossível ignorá-lo ou fazê-lo desaparecer.
No Brasil de cada 100 crianças que ingressam na 1ª série, 12 chegam a 8ª série. No Rio Grande do Sul, temos uma taxa de 14% de crianças que chegam a 8ª série. A média de repetência de alguns estados, como o de Alagoas, é ainda maior que a Nacional, chegando a 54%. No ano de 1988, no Rio Grande do Sul, tivemos 34% de evasão e repetência e nos municípios esta taxa chegou a 32%. (Dotti, 2001,p.21).
Sendo examinados por estrato social, segundo Dotti (2001), teremos taxas alarmantes acentuadas nas camadas populares, já que 80% são provenientes delas e 70% das que ingressam no meio rural também fracassam, evidenciando assim o fato de que o fracasso se generaliza uma classe específica, a classe popular.
Diante da constatação de que a freqüência dos fracassos escolares e a freqüência das dificuldades de desenvolvimento intelectual ocorrem de forma mais acentuada nas classes sociais desfavorecidas, tentaremos fazer uma breve conceituação histórica em relação à visão do termo dentro das concepções sociais que foram surgindo na tentativa de superação do problema.
A produção do fracasso escolar começa a ser criticada na década de 30, onde o educador Lourenço Filho denunciava o problema e a forma como era tratado pelas autoridades públicas, já que na maioria das vezes a culpa recaia sempre sobre o professor ou sobre a escola. Assim a categoria passava a ser vista como incompetentes ou descomprometidas com a função de educar. Todos eram apontados como responsáveis, menos o poder gerador de toda aquela situação.
Na década seguinte, aliada a perspectiva de identificar os verdadeiros culpados pelo insucesso da criança na escola, surge uma visão de “darwinismo social”, que traz consigo toda