Monografia
Iniciei a minha vida profissional na rede estadual da Bahia em 1985. Fiz magistério e não tinha nenhuma formação na área da educação especial quando recebi um aluno deficiente auditivo chamado Maciel, seis anos, para freqüentar a pré escola ( o nome das pessoas serão mudados para preservar a identidades das mesmas) . Estou dando enfoque ao tempo por compreender que esta historia de inclusão já vem sendo discutida desde então, mas pouco mudou, muita coisa ainda precisa ser feita e discutida.
Naquele tempo seguindo uma metodologia exageradamente tradicional, me vi em dificuldades. O aluno em discussão era uma pintura e uma figura (muito carinhoso e peralta) usava aparelho auditivo nos dois ouvidos, não articulava as palavras (somente os sons) .
Alem dele tinha mais 31 alunos para direcionar minha atenção. Uma das metas propostos, para ele seria ensinar a pronuncia das palavras, alem da convivência social com os outros colegas e universo que mais lhe trouxesse aprendizagem. Na verdade ele freqüentava uma escola especial e suas aptidões eram bem desenvolvidas para o plano de aula que eu tinha ( noções de espaço, tamanho, cores, formas, etc) o meu trabalho seria de transformar estas informações adquiridas na escola especial para o convivência normal, alem da pronuncia das palavras.
Tínhamos muitas embaraços de comunicação, ele falava na língua de sinais e eu não entendia, a mãe ajudava a entender os mesmos ,e aos poucos fui inventando opções de nos entender sem a ajuda constante dela, geralmente eu apontava e falava,ele apontava e fazia os sinais correspondentes.
Por ser uma criança hiperativa eu não conseguia dar conta da atenção que ele merecia sem deixar os outros 31 de fora, ele chamava muito a atenção para si e os outros ficava, um pouco estressados com suas peraltices. Cheguei a fazer reunião de pais para abrandar as reclamações e tentar encontrar desfecho para os problemas.
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