Modularidade Na Neuropsicologia Cognitiv1
2247 palavras
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Universidade CatólicaMestrado em Neuropsicologia
Modularidade na Neuropsicologia Cognitiva
Docente:
Professora Doutora Maria Vânia Nunes
Discente:
Joana Filipa Romão Correia
de Abril de 2013
Introdução
Um dos princípios fundamentais da neuropsicologia cognitiva é a modularidade (Fodor, 1983), o sistema cognitivo exibe modularidade, ou seja, possui vários módulos ou processadores cognitivos de relativa independência. O dano (lesão ou disfunção cerebral) causado a um módulo não afecta diretamente o funcionamento dos outros módulos. Os módulos (conceito de macromodularidade) podem ser: a linguagem oral, leitura, percepção visual, percepção auditiva, memória (especificidade de domínio). Como exemplo, a capacidade de processar música seria relativamente independente da capacidade de percepção de linguagem. Cada módulo é decomposto em subprocessos (micro-modularidade). Alguns pacientes apresentam déficits graves na memória de curto prazo, por exemplo, mas possuem uma memória de longo prazo intacta. Outros pacientes possuem o quadro inverso (cit. por Haase, et. al., 2012). A modularidade é um conjunto de princípios muito gerais com a função de gerir a complexidade (Langlois, 2002). Claramente, a modularidade é uma estrutura de design com um grande número de vantagens. Ao reduzir o grau de interdependência, e, assim, os custos de comunicação entre as partes do um sistema, ela exerce benefícios da divisão do trabalho entre os vários componentes (Langlois, 2002).
Antes da revolução cognitiva da década de 1960, era popular ver a mente como uma espécie de caixa preta e conjecturas sobre seu conteúdo como não científica. Esta revolução cognitiva reverteu esse clima, tornando a busca do conteúdo da caixa preta uma descrição da sua estrutura interna que poderia