modos narrativo

2350 palavras 10 páginas
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNI-ANHANGÜERA
CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA
DISCIPLINA: ­­­­­­­­­­­­ LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS PROF. MS: JOSÉ RODRIGUES DE SOUZA
ATIVIDADES PRÁTICAS DE LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO

(foto de cima) EL PASEANTE:
Brasil, Madrid, Siruela, 80,
1988, n. especial
(foto de baixo) CATÁLAGO
Grande São Paulo/76. São Paulo
Museu de Arte de São Paulo. 1976.

A cena da foto de cima – uma composição simétrica – é retratada de modo impessoal, objetivo, como uma narração em terceira pessoa. Na foto de baixo, o olhar do fotógrafo participa dela, está dentro dela, criando uma atmosfera subjetiva, como no discurso em primeira pessoa.

Modos de narrar
As frases ou os enunciados que lemos ou ouvimos chegam até nós como uma coisa pronta e acabada, mas é evidente que esses enunciados não surgiram do nada: eles foram produzidos por alguém. Dessa forma, qualquer enunciado, isto é, aquilo que foi dito ou es­crito, pressupõe alguém que o tenha produzido.

Com base nesses dados, vamos deixar assentado que:

a) aquilo que foi escrito ou dito por alguém chamaremos enunciado;

b) o produtor de enunciado, responsável pela organização do texto, chamaremos narrador.

O narrador não se confunde com o autor do texto ou com o es­critor, tanto é verdade, que o narrador pode ser um personagem, aparecendo nos próprios enunciados.
Numa certa altura do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, alguém diz:
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conhe­ci tudo de uma vez.

No caso, o autor do romance é Graciliano Ramos. O narrador é um eu (Paulo Honório) que não se identifica com o autor, mas que está presente no enunciado e age como personagem da história. No fragmento citado, está falando (enunciando) de suas relações corn Madalena.
E, mesmo que o narrador não apareça explicitamente no enun­ciado sob a forma de um eu que fala, ele está implícito como ele­mento integrante da

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